O Palácio de Estoi representa
a mais significativa manifestação do romantismo e do estilo rococó no Algarve e
é considerado o melhor exemplar da arquitectura civil da 2ª metade do séc.
XVIII, na zona a sul do Tejo.
Este palácio foi mandado
construir no final do séc. XVIII, pelos condes de Carvalhal, numa propriedade com cerca de 4 hectares, situada num
local com um excelente enquadramento paisagístico. Em 1893, foi comprado por
José Francisco da Silva, que contratou os melhores artistas nacionais e
estrangeiros para a realização de obras de restauro. Este trabalho, dirigido pelo arquitecto
Domingos da Silva Meira, manteve a sua originalidade inicial mas
atribuiu-lhe a elegância e a sumptuosidade digna de um palácio. Estas obras
foram concluídas em 1909.
O rei D. Carlos concedeu o
título de Visconde de Estoi a José Francisco da Silva, graças ao dinheiro e esforços que este despendeu
na construção do palácio.
Esta propriedade foi
classificada pelo Estado como Imóvel de Interesse Público, em 1977.
Em 1987 tornou-se
propriedade da Câmara Municipal de Faro. O seu avançado estado de degradação
determinou o procedimento de restauros.
O Palácio de Estoi
distribui-se em 2 andares e tem 28 divisões, sendo as mais importantes o salão
nobre, cuja decoração do estilo Luís XV se encontra patente nas pinturas e na
talha dourada de algumas peças restauradas; a sala de visitas; a sala de
jantar; a capela; os 2 pavilhões de chá; e a casa do presépio. A maior parte da
decoração interior abrange os estilos renascentista, barroco e romântico. Os
seus tectos em estuque constituem o melhor conjunto do Algarve. Parte da sua
fachada, de inspiração neoclássica, encontra-se revestida a azulejos com
decoração floral e cenas diversas.
O amplo jardim do palácio, implantado
em socalcos e inspirado no traçado francês e italiano, apresenta lagos, fontes,
escadarias, painéis de azulejos e diversas esculturas, em mármore e cerâmica, de
figuras públicas e históricas, tais como Bocage, Garrett, Marquês de Pombal,
Camões e alguns deuses pagãos. Neste jardim artístico, típico do romantismo, existe
também uma grande variedade de vegetação.
Após a realização de obras
de adaptação e ampliação, com projecto do arquitecto Gonçalo Byrne e do
arquitecto paisagista João Cerejeiro, este monumento passou a albergar uma pousada
da Enatur - a Pousada de Faro, sendo a única Pousada de Portugal, integrada no
segmento de Pousada histórica design.
Na zona da ala moderna ficam
os 63 quartos e suites da pousada, confortáveis e de decoração contemporânea, e
a piscina exterior.
Nesta pousada existe uma
agradável combinação entre os elementos clássicos, barrocos e contemporâneos.
Passadiço que interliga
as 2 partes da Quinta do Palácio de Estoi, na Rua da Bica.
Passadiço que interliga as 2 partes da Quinta do Palácio de Estoi, na Rua da Bica.
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