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sábado, 12 de julho de 2014

Aldeia de Estoi

Em Estoi, aldeia típica do barrocal do Algarve, predominam ruas estreitas e sinuosas, pontuadas por casas senhoriais, com platibandas decoradas e chaminés rendilhadas. A maioria dos seus edifícios apresenta um ou dois pisos e data do final do séc. XIX e princípio do séc. XX. A variedade e a qualidade de execução das suas cantarias e dos seus painéis de azulejos com motivos religiosos são notáveis.
Apesar da destruição causada pelo terramoto de 1755, ainda persistem algumas habitações mandadas construir pela antiga nobreza farense, parte da qual se fixou nesta região nos séculos XVII e XVIII, destacando-se o Palácio de Estoi.
A estruturação do aglomerado urbano desta aldeia nasceu ao redor da Fonte de Estoi, naturalmente relacionado com a abundância de água.
O desenvolvimento de Estoi surgiu associado ao apogeu da agricultura de sequeiro. O comércio e a transformação dos frutos secos permitiram a fixação de proprietários, alguns abastados, que marcaram o património edificado da aldeia. Contudo, com o declínio dos frutos secos e a transferência do interesse agronómico para a área da hortofruticultura, o fulgor económico de Estoi agrícola foi diminuindo de forma gradual. Os anos 50 e 60 marcaram o início de uma estagnação demográfica que persistiu até à década de 90. Na transição do séc. XIX para o séc. XX, verificou-se uma expansão do aglomerado.
De entre as aldeias do Algarve, Estoi diferencia-se pela relevância dos seus monumentos, designadamente o Palácio de Estoi e, nas suas proximidades, as Ruínas Romanas de Milreu.

Aldeia de Estoi
Gentílico
Estoiense

Não existem documentos que atestem quando é que surgiu exactamente o núcleo urbano de Estoi. Existem documentos do tempo dos romanos e da Idade Média, que falam em Estoi, apresentando diversas maneiras de escrita: Estoi, Estoy, Estoe, Estoee, Stoy, Stoe e Stoee. No primeiro mapa de Portugal inteiro, realizado em 1560 em Roma, aparece a povoação de Estoi, exactamente escrito como se escreve actualmente.
No séc. XX, como no norte do país e em Lisboa se dizia Estói, saiu legislação que colocou um acento no topónimo, que nunca foi aceite pelos algarvios. Um parecer de linguística da Universidade do Algarve, que refere que o topónimo Estoi é de origem pré-romana e que o acento não tem justificação, permitiu repor a verdadeira forma de escrever a palavra, e consequentemente a sua correcta entoação. Assim, em 2005, o nome oficial desta aldeia voltou a ser Estoi.
O topónimo Estoi deriva do grego “Stoa”, que significa pórtico ou colunata coberta. Era debaixo dos “stoai” ou “stoae” que Zenão e outros grandes filósofos gregos davam aulas aos seus discípulos, o que se manteve nos tempos romanos.
Considerando os achados arqueológicos locais e o parecer de linguística da Universidade do Algarve, a existência de um núcleo urbano no local onde hoje se localiza a aldeia de Estoi deverá ser anterior à ocupação romana. 


Largo da Liberdade

Fonte no Largo da Liberdade

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Rua da Barroca

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Rua da Barroca

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