O Palácio da Galeria situa-se no Alto de
Santa Maria (Calçada da Galeria). A origem deste
palácio, o mais nobre edifício civil da cidade de Tavira, data provavelmente da
Idade Média conforme testemunham os vãos góticos no seu interior. No séc. XVI,
foi construída uma notável galeria renascentista.
Até 1737, o Palácio
da Galeria pertenceu à nobreza local ligada à terra e à defesa das praças de
África. Posteriormente, teve os seguintes sucessivos proprietários: a irmandade
que geria o Hospital do Espírito Santo; o brigadeiro Francisco da Silva
Pacheco, ministro da Ordem do Carmo de Faro e sobrinho do Bispo D. António
Pereira da Silva; e o desembargador João Leal da Gama Ataíde, que recrutou
Diogo Tavares de Ataíde, o arquitecto e mestre-de-obras algarvio mais distinto do
séc. XVIII, para remodelar o palácio em meados do séc. XVIII.
Diogo Tavares de
Ataíde, designado por entalhador de pedra, é responsável pelas formas dinâmicas
e barrocas da fachada do palácio, destacando-se os vãos e o portal com molduras
lavradas com motivos geométricos nas ombreiras e verga arquitravada. No
interior, o mestre restaurou a galeria quinhentista que baptizou o palácio,
através da manutenção das suas colunas e capitéis antigos e da sobreposição de
arcos novos com incisões decorativas.
Nos séculos XIX e XX,
o Palácio da Galeria deixou de ser residência nobre passando a pertencer à
Câmara de Tavira e a ter diversas funções, desde Tribunal a Escola Técnica.
Atualmente, encontra-se aqui instalado o núcleo
central do Museu Municipal de Tavira, inaugurado em 2001, após obras de
reabilitação.
Átrio do Palácio da Galeria
Poço Nº 2
Exposição temporária “Memória
e Futuro”, patente até 31 de Dezembro de 2014:
Exposição temporária “Dieta Mediterrânica- Património
Cultural Milenar”, patente até 29 de Março de 2014:
Créditos - Kärsti Stiege
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