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domingo, 3 de novembro de 2013

Fortaleza do Beliche

A Fortaleza do Beliche, também designada por Forte do Belixe, encontra-se na ponta de uma falésia da baía do Beliche, no concelho de Vila do Bispo. Este monumento apresenta uma planta poligonal estrelada e ostenta casamatas voltadas estrategicamente para o mar.
Esta fortaleza, consagrada a Santo António, foi construída no séc. XVI a fim de proteger a população de ataques dos piratas. Em 1587, foi destruída pelo ataque comandado pelo corsário Francis Drake, que foi contratado pela rainha da Inglaterra Elizabeth I, com o objetivo de derrubar esta e outras infra-estruturas defensivas do sudoeste da Península Ibérica, numa altura em que os reinos unidos de Espanha e Portugal eram inimigos de Inglaterra. No séc. XVII foi mandada reconstruir por D. Filipe III. Em 1755 foi danificada por um terramoto. Em 1960, foi recuperada e transformada numa pousada.
A autarquia de Vila do Bispo adquiriu a Fortaleza do Beliche em 2012. Este monumento encontra-se abandonado há vários anos e a erosão constante da falésia em que se encontra, deu origem à atual existência de perigo de toda a estrutura ruir.

Estrada empedrada que liga a EN 268 à Fortaleza do Beliche















A porta de entrada desta fortaleza tem um arco de volta perfeita e está inserida numa reentrância formada por um contraforte de uma torre quadrangular. Em cima desta porta, existe um escudo de armas do rei D. Sebastião e uma inscrição que faz referência ao ano de 1632, que deve corresponder à data de conclusão da reconstrução deste forte.







Depois da porta de entrada existe um longo e íngreme caminho com escadas dispersas que permite aceder ao mar. É provável que tenha sido por aqui que entravam os mantimentos e outros materiais quando ocorriam cercos terrestres. Deste caminho avista-se a Vila de Sagres e a Ponta de Sagres.






























A porta que dá acesso ao interior da fortaleza também apresenta um arco de volta perfeita. Esta entrada está atualmente interdita ao público devido ao elevado perigo de derrocadas.
No interior, adossadas à muralha, encontram-se as dependências de apoio à guarnição militar (tais como a camarata e o paiol) e a Capela de Santa Catarina, de forma cúbica, constituída por uma nave quadrangular coberta por uma cúpula. Esta organização do espaço permite a existência de um espaço amplo onde eram efetuadas manobras militares.



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