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sábado, 25 de junho de 2016

Cidade de Faro

Ao longo do tempo, este local teve diversas designações.
Por volta do séc. VIII a.C., foi criado um entreposto comercial no morro da Sé e surgiu o primitivo nome OSSÓNOBA, que deriva da expressão fenícia OSSON ÊBÁ e que significa armazém no sapal. 
Durante o período romano, desenvolveu-se na cidade uma importante comunidade cristã ligada ao culto de Santa Maria. No séc. V, com a conquista visigoda e como resultado da cristianização da cidade, surgiu a denominação SANTA MARIA DE OSSÓNOBA. No início da ocupação árabe, o nome OSSÓNOBA prevaleceu referindo-se tanto à cidade como à região, podendo escrever-se UKXUNBA, UKXUNUBA ou UKXUNYA. 
Durante as revoltas moçárabes do séc. IX, desapareceu o termo OSSÓNOBA imperando o de SANTA MARIA ou SANTA MARIA DO OCIDENTE, em oposição a Santa Maria do Oriente, junto a Valência. 
No séc. XI, após o governo de Said Inb Harun na taifa de Santa Maria, a cidade passou a designar-se SANTA MARIA IBN HARUN.
Antes da conquista da cidade por D. Afonso III, os Cruzados que se dirigiam para a Palestina, atribuíram-lhe diversas designações – SANCTA MARIA DE HAYRUN, SACTAM MARIAM DE PHARUN, SANCTA MARIA DE FARUN, HAIRIN, HAIRUN, PHARUM, e FARUN. 
No séc. XIII, os portugueses designaram a cidade por SANCTA MARIA DE FAARON ou SANCTA MARIA DE FAARAM.
Entre os séculos XIV e XVII, o nome evoluiu para FAROO e FARÃO. 
No séc. XVIII, a cidade adquiriu o seu nome atual – FARO.

Esta cidade milenar, de origem pré-romana, encontra-se protegida pelo cordão dunar das ilhas da Ria Formosa.
A Ria Formosa atraiu a presença humana desde o Paleolítico.
A Ossonoba pré-romana é pouco conhecida mas sabe-se que teve uma ocupação pelo menos desde o séc. IV a.C.
O aglomerado populacional primitivo ocupava uma pequena área onde hoje se situa a Vila-a-Dentro. Esta pequena colina ficava quase isolada de terra firme e durante a maré cheia podia transformar-se numa ilha.
Ao chegarem a Ossonoba os romanos reorganizaram este local. A cidade passou a ter 2 núcleos principais: o centro monumental – fórum – que se situava no atual Largo da Sé; e o núcleo que ficava fora das muralhas, constituindo sobretudo uma zona comercial e industrial.
Foi sede de bispado a partir do séc. III e durante o período visigótico.
A cidade de Ossonoba e o restante território algarvio foram conquistados em 713-714 d.C., mantendo-se a urbe como capital até ao séc. X d.C..
No período romano, Faro estabeleceu-se como um dos mais importantes centros urbanos do sul da península ibérica.
Depois de um período de instabilidade político-militar islâmica, Faro foi integrada, em 1249, no território português, concluindo a reconquista cristã do espaço geográfico que é hoje Portugal.
Nos séculos seguintes, Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, fomentados com os Descobrimentos. Neste período, tinha uma importante e activa colónia judaica que, no final do séc. XV, imprimiu localmente o primeiro livro português.
Entre os sécs XV e XVI, destacou-se nas viagens marítimas portuguesas.
Em 1499, reconhecendo o crescimento da cidade, o rei D. Manuel promoveu uma profunda alteração urbanística com a criação de novos equipamentos – um hospital, a Igreja do Espírito Santo (mais tarde reconstruída e administrada pela Misericórdia), a alfândega, um açougue, etc. - fora das alcaçarias e junto ao litoral.
Em 1540, Faro foi elevada a cidade e, em 1577, a sede do bispado do Algarve foi transferida de Silves. O saque e o incêndio, em 1596, pelas tropas inglesas do conde de Essex, danificaram e empobreceram a cidade.
Faro é a capital do Algarve desde o séc. XVI.
Os séculos XVII e XVIII foram um período de expansão para Faro, cercada por uma nova cintura de muralhas, durante o período da Guerra da Restauração (1640/1668), que abrangia a área edificada e terrenos de cultura, num amplo semicírculo em frente à ria.
Até finais do séc. XIX, a cidade manteve-se dentro desses limites. Posteriormente expandiu-se, abrangendo uma zona rural onde a actividade agrícola era intensa.

A cidade de Faro apresenta uma arquitectura diversificada. Prevalecem as ruas estreitas onde se podem observar casas revestidas de diversos padrões de azulejos ou pintadas de branco ou amarelo, com telhados de quatro águas ou de tesoura e chaminés rendilhadas.
O centro histórico da cidade de Faro é constituído por 3 núcleos: Vila Adentro, Mouraria e Bairro Ribeirinho.
Vila Adentro, também conhecido por Cidade velha, é o mais antigo núcleo histórico de Faro e alberga um valioso património, podendo-se destacar a Sé Catedral, o Convento de Nossa Senhora da Assunção, o Paço e Seminário Episcopal, e as residências fidalgas da Família Cortes, dos Sárrias, do Capitão Manuel de Oliveira, e de José Maria Assis.  Este núcleo encontra-se rodeado por uma muralha seiscentista e pode ser acedido através do Arco da Vila, do Arco do Repouso, do Arco da Porta Nova ou da Rua do Castelo.
Na Mouraria pode-se destacar o Palacete Belmarço e o Banco de Portugal.
No Bairro Ribeirinho encontram-se o Palácio Bívar, o Solar do Capitão-Mor, a Casa dos Lamprier, e a Casa dos Azulejos.
No final do séc. XIX, a cidade começou-se a expandir para fora das muralhas, zona antigamente ocupada por quintas e explorações agrícolas que envolviam Faro. A burguesia enriquecida fixou-se aqui em residências luxuosas, tais como o Palácio Fialho, o Palácio Guerreirinho, a Vivenda Marília, e a Casa Mateus de Silveira.

Cidade de Faro
Gentílico
Farense
Dia da cidade
7 de Setembro












































































































































































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