A Aldeia de Alte situa-se no Concelho de Loulé, entre o Barrocal e a Serra do Caldeirão, rodeada por cerros e terrenos férteis. É considerada uma das aldeias mais típicas de Portugal.
Segundo uma lenda, uma lavradora abastada todos os domingos ia à missa a Santa Margarida, que era a única aldeia que albergava um templo religioso. Um dia atrasou-se e a caminho da igreja soube que a missa se tinha realizado sem a sua presença. Indignada gritou “Alto!” e mandou construir no local onde se encontrava uma Igreja Matriz. Posteriormente desenvolveu-se uma aldeia em torno da igreja, que atualmente se designa Alte devido ao sotaque local.
Gentílico: Altense
Nesta aldeia predominam as escadas e as ruas estreitas calcetadas, ladeadas por casas brancas com janelas, portas e embasamentos emoldurados de diversas cores e chaminés rendilhadas. Sobressaem também as casas adornadas com azulejos, pinturas e floreiras. Encontram-se várias peças de arte dispersas por toda a aldeia.
A Ribeira de Alte acompanha esta aldeia. Ao longo das suas margens encontram-se zonas arborizadas e as suas 2 principais nascentes – a Fonte Pequena e a Fonte Grande.
A Escultura Naia situa-se na Ribeira de Alte e simboliza a musa desta ribeira, designada por Naia. Pretende também representar a mulher altense, podendo-se destacar as lavadeiras que lavavam a roupa neste local. Trata-se de uma escultura em mármore branco e cinzento. Tem 2,20 metros altura. É da autoria do escultor Vítor Picanço. Foi inaugurada em 2007.
Perto da Fonte Pequena encontram-se vários painéis de azulejos com poemas de Cândido Guerreiro.
O Monumento do Poeta Cândido Guerreiro (1871-1953) foi inaugurado em 1955. Tem cerca de 3,5 metros de altura. Trata-se de um bloco de granito com 2 painéis de azulejos, que apresentam um retrato e um poema deste poeta que nasceu em Alte.
A Fonte Grande alimenta uma represa que forma uma piscina.
O Anfiteatro da Fonte Grande foi inaugurado em 2006.
A Capela de São Luís data do séc. XV. Atualmente apresenta um estilo arquitetónico barroco.
O Mural da Bandeira de Portugal situa-se num cerro que envolve a aldeia.
A Igreja Matriz de Alte é também designada por Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Remonta ao séc. XIII. Atualmente podem-se destacar na fachada o portal manuelino e os 2 óculos barrocos. Por cima do portal principal encontra-se a data da última remodelação – 1829. O interior é composto por 3 naves separadas por arcos, apoiados por colunas. As paredes laterais e a abóbada quinhentista artesoada da capela-mor encontram-se revestidas com azulejos do séc. XVIII.
O Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte foi inaugurado em 2009. Encontra-se instalado na antiga Casa dos Condes de Alte.
O Moinho da Levada era 1 dos 9 moinhos da Ribeira de Alte, que trabalharam até à década de 70.
Na Casa do Povo encontra-se o Mural Grupo Folclórico da Casa do Povo d’Alte.
O Mural InstrumentAlte pretende homenagear os músicos e os dançarinos locais.
A PulseirAzulejos de Alte data de 2022. Trata-se de uma pulseira em cerâmica artística que simboliza a beleza de Alte.
A Estátua de José Cavaco Vieira foi inaugurada em 2003. José Cavaco Vieira (1903-2002) foi considerado um cidadão ilustre de Alte. Trata-se de uma estátua de bronze com 2,90 metros de altura. É da autoria de Fernanda Assis e Marcílio Campina.
A Rotunda dos Combatentes de Alte foi inaugurada em 2020. O monumento é da autoria de Daniel Vieira e de Renata Pawelec. Trata-se de uma mesa com apenas 3 pés que simboliza o desequilíbrio causado pela ausência do combatente, neste móvel onde a família se reúne. Em cima da mesa existe um relógio sem ponteiros que representa o tempo sem a presença do combatente. Encontra-se também em cima da mesa um capacete que significa o regresso do combatente para junto da família.
A cerca de 300 metros da Aldeia de Alte localiza-se a Queda do Vigário, na Ribeira de Alte. Esta cascata de água tem cerca de 24 metros de altura.
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