Vídeo Percurso Pedestre do Castelo de Paderne
#Algarve #Portugal: https://www.youtube.com/watch?v=insZP9L5ZGQ
O Percurso Pedestre do Castelo de Paderne localiza-se no
concelho de Albufeira, no Barrocal Algarvio e encontra-se inserido no Sítio
Ribeira de Quarteira da Rede Natura 2000. Trata-se de um trilho circular, com
cerca de 4,5 km, que passa pelos seguintes pontos de interesse: Ribeira de
Quarteira; Ponte Romana ou Ponte do Castelo; Ruínas do Castelo de Paderne e da
Ermida de Nossa Senhora da Assunção; Ruínas do Moinho da Alfarrobeira, da Casa
do Moleiro e do Forno; e a Azenha do Castelo. Nesta
zona, a flora e a fauna são ricas na diversidade e na quantidade.
Este trilho insere-se numa formação geológica designada "calcários e dolomitos do Escarpão", que data da época do Jurássico Superior.
O topónimo Paderne teve origem num cerro íngreme denominado Paderna
(pedra dura), sobre o qual foi construído o Castelo de Paderne.
O Castelo de Paderne foi construído no séc. XII, pelos almóadas (este
califado era governado pelos mouros), com taipa militar. Constitui um dos melhores exemplares a nível
nacional deste tipo de construção em terra crua, que aproveita os recursos
naturais, nomeadamente o barro vermelho local, juntamente com a água e a cal,
para criar uma argamassa natural muito resistente e moldável. Este sistema de construção inclui elementos de madeira imbuídos na parede, dispostos
metricamente, que contribuem para a compactação da taipa. Estes elementos
designam-se por agulhas e o seu desaparecimento ao longo do tempo deu origem a orifícios.
Desde a sua origem, o Castelo de Paderne configura um polígono irregular de 10 lados, que modela uma forma quase trapezoidal.
Este castelo tem apenas uma torre, exterior e maciça, a torre albarrã. É composta por um terraço superior ao qual se acedia por um arco, que o liga ao adarve da muralha. Trata-se de uma torre quase quadrada, com 6 metros de largura na base e cerca de 9 metros de altura. Atualmente, encontra-se a ser restaurada.
O interior
desta fortaleza abrange 2.557 m2. As intervenções arqueológicas no local atestam a
existência de um espaço planificado e totalmente urbanizado de raiz, no
interior das muralhas. Era constituído por ruas estreitas com habitações que apresentavam
as características das construções almóadas, que se organizavam em torno de um
pátio central descoberto, ao qual acediam todas as salas. Para recolha e abastecimento
de água potável existiam grandes reservatórios, que se designam por cisternas.
Segundo a lenda, este castelo é um dos 7 representados no brasão da
Bandeira de Portugal. Foi conquistado aos mouros, por D. Paio Peres Correia,
em 1248, tendo sido um dos últimos
castelos conquistados à ocupação muçulmana.
Após a conquista cristã,
uma nova população, com conceitos distintos do que era o espaço doméstico,
modificou o modelo inicial. Pode-se destacar a construção da Ermida da Nossa
Senhora da Assunção, também conhecida por Ermida da Senhora do Castelo. Foi edificada no interior das muralhas, no
séc. XIV e já não utilizaram a
taipa.
No
início do séc. XVI, a povoação do interior das muralhas decidiu deslocar-se
para a actual aldeia de Paderne, ficando a fortaleza semi-abandonada. Foi desactivada
em 1858.
Apesar
dos sucessivos restauros, a fortaleza de Paderne encontra-se em ruínas e apresenta apenas
alguns panos de muralha, a torre albarrã, vestígios de habitações e as paredes-mestras
da Ermida da Senhora do Castelo.
Este
Monumento Nacional
encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1971.
No
vale a sudoeste do Castelo de Paderne, sobre a Ribeira de Quarteira, situa-se a Ponte Romana,
também designada por Ponte do Castelo. Foi remodelada por volta
de 1771 e remonta à era medieval. Mantém 3 arcos e 2 talha-mares em forma de
prisma triangular. É atravessável a pé ou de bicicleta.
Perto da Ponte Romana,
encontram-se as ruínas de um moinho de água denominado
Moinho da Alfarrobeira; da Casa do Moleiro; e do Forno.
A Azenha do Castelo é um moinho de água que se situa na margem da Ribeira de Quarteira, por baixo do Castelo de Paderne.
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