A Cidade
de Albufeira, sede do Concelho de Albufeira, situa-se junto ao Oceano
Atlântico, no centro da região do Algarve, entre o Sotavento e o
Barlavento.
Albufeira
é uma das cidades mais antigas do Algarve. A origem da povoação de
Albufeira remonta à pré-história e
está relacionada com o seu nome. Uma albufeira é uma espécie de lago. No local
onde hoje é o centro da cidade, na parte mais baixa, existia um lago enorme que
era alimentado pela Ribeira de Albufeira. Com a descida do nível do mar o lago
foi secando e a Ribeira de Albufeira com o crescimento da cidade foi
canalizada. Assim, a povoação iniciou-se no neolítico, à volta do lago uma vez
que este lhe fornecia alimento.
Albufeira
foi ocupada pelos romanos que lhe chamaram “Baltum”, e posteriormente pelos
árabes que, devido à sua privilegiada posição numa arriba
debruçada sobre o mar e a foz da ribeira, lhe
chamaram “Al-Buhera”, que significa “Castelo do Mar”. O atual
topónimo de Albufeira provém da denominação árabe.
Os árabes instalaram-se no
topo do antigo Cerro da Vila e
dominaram esta região desde 716 até 1249. Construíram
sólidas fortificações defensivas que tornaram Albufeira quase invencível.
Consequentemente esta foi uma das praças que os árabes conservaram durante mais
tempo em seu poder. A
cidade árabe era muito importante, tinha uma próspera agricultura e um ativo
comércio com o norte de África.
Após a
primeira ocupação cristã, em 1189/1190, Albufeira foi integrada no reino do
Algarve com a conquista definitiva pelo rei D. Afonso III, com
a ajuda da Ordem Militar de Santiago, em
1249.
A conquista do ocidente
árabe pelos cristãos causou uma considerável diminuição da população e
interrompeu as relações comerciais com o norte de África. Consequentemente,
Albufeira entrou em decadência.
Segue-se
a dinamização económica no período dos Descobrimentos (sécs. XV/XVI).
D.
Manuel I concedeu-lhe Foral a 20 de Agosto de 1504.
No séc.
XVIII, vários sismos, que culminaram com o terramoto de 1755 seguido de maremoto, destruíram Albufeira de forma drástica.
No final do séc. XIX e 1ª
metade do séc. XX, surge um grande renascimento devido à abundância de peixe e
consequente crescimento da indústria de pesca
e da conserva de peixe.
Por volta de 1930, começou a
escassear o peixe e a fecharem as fábricas de conserva. Voltou assim a haver um
período em que a população desceu para menos de metade.
Na
década de 60, o Turismo despertou Albufeira. Consequentemente, a então vila de
Albufeira expandiu-se e foi elevada a cidade em 1986.
Atualmente,
a cidade encontra-se cheia de recordações dos mais de 500 anos da presença
árabe mas também de edifícios modernos. No centro histórico, por
entre o pitoresco casario branco, disposto em anfiteatro sobre as praias,
predominam ruas estreitas e íngremes.
Gentílico: Albufeirense
O Miradouro do Pau da Bandeira permite contemplar a cidade de Albufeira, a
Praia dos Alemães, a Praia do Inatel, a Praia dos Pescadores, a Praia do Peneco
e a Marina de Albufeira. Neste miradouro encontra-se a Escultura Homenagem
ao Turista, da autoria de Teresa
Paulino, que utilizou os seguintes materiais: metal, fibra de vidro e resina.
Foi inaugurada a 27 de Setembro de 2016, no âmbito das comemorações do Dia
Mundial do Turismo.
A Igreja de São Sebastião
foi construída em meados do séc. XVIII e apresenta uma arquitetura de
inspiração popular. Neste templo, pode-se observar uma cúpula com remate
decorativo, um portal lateral debruado por cantarias de estilo manuelino (séc.
XVI) e um portal principal talhado em estilo barroco. Esta igreja alberga um
museu de arte sacra.
A Igreja de Santa Ana foi construída no séc. XVIII e
apresenta um estilo arquitetónico barroco com inspiração popular. Do adro da
igreja pode-se contemplar a cidade e o mar.
A
Igreja Matriz de Albufeira data do final do séc. XVIII. Apresenta um estilo neoclássico.
N. Sra. da Conceição é o orago desta igreja e também titular da Paróquia de
Albufeira. A torre sineira foi construída em 1869 e tem 28 m de altura.
A Capela da Misericórdia foi restaurada em 1499. Esta
antiga mesquita árabe, foi utilizada como capela dos Alcaides do Castelo. Atualmente,
conserva da edificação gótica (séc. XV) o portal, o arco triunfal e a abside.
A Misericórdia acolhia e auxiliava viajantes e
mendigos no Edifício da Antiga Albergaria.
A Escultura da Sagrada Família é da autoria de Ramos
Chaves e data de 2001.
O edifício da Galeria de Arte Pintor Samora Barros
data do início do séc. XX e era utilizado como central elétrica. Em 1988, foi
renovado e transformado numa galeria de arte. Os seus vãos exteriores em forma
de arco permitem a iluminação natural do interior. Na fachada destacam-se os
azulejos e os elementos decorativos da autoria do pintor Samora Barros.
A Muralha do Castelo de Albufeira foi destruída pelo
terramoto de 1755. Restam apenas as ruínas de uma torre adaptada a restaurante
e os locais das suas 3 portas: Porta do Norte, Porta da Praça e Porta de
Sant’Ana.
O Museu Municipal de Arqueologia encontra-se
instalado no edifício da antiga Câmara Municipal, que aqui esteve estabelecida
até meados da década de 80. Este museu é constituído por 4 núcleos:
pré-história, período romano, período islâmico e Idade Moderna.
A muçulmana Torre do Relógio encontra-se implantada
no edifício da antiga cadeia comarcã. No séc. XIX, foi-lhe inserida uma
original coroa de ferro, que suporta o sino das horas.
O Parque Lúdico de Albufeira situa-se no Vale de
St.ª Maria e acompanha o declive da encosta. Este parque foi inaugurado a 25 de
Abril de 2001 e destina-se a atividades ligadas à ciência, ao desporto e ao
lazer, que estão abertas à população em geral. Encontra-se aqui diversa
vegetação.
Existem
diversas rotundas na cidade de Albufeira, tais como a Rotunda das Minhocas; a Rotunda
do Hemisfério; a Rotunda do
Hotel Paraíso (dispõe de um jogo
de água e de uma cobertura que a liga diretamente ao hotel); a Rotunda
Dois Mundos (simboliza a visão grandiosa do Homem dos Descobrimentos projetada
em dois mundos - o passado e o futuro); a Rotunda dos Golfinhos; e a Rotunda
dos Relógios.
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