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domingo, 29 de junho de 2025

Cidade de Silves



A Cidade de Silves é a sede do Concelho de Silves. Situa-se junto ao Rio Arade, entre a serra e o mar.
Silves foi a capital do ocidente da Península Ibérica durante o domínio muçulmano, que ocorreu entre o séc. VIII e o séc. XIII. Neste período os árabes deram-lhe o nome de Shelb
Em 1242 ocorreu a definitiva conquista cristã de Silves. Desde meados do séc. XIII até 1577, esta cidade foi a Capital do Algarve. 
Na arquitetura local predomina a arquitetura árabe, gótica e barroca, destacando-se o tom avermelhado de um arenito regional que se designa Grés de Silves. Prevalecem também casas burguesas do final do séc. XIX e princípio do séc. XX, associadas à prosperidade da indústria da cortiça.
Gentílico: Silvense
Dia da Cidade: 3 de Setembro
A Sé Catedral foi provavelmente edificada entre o séc. XIII e o séc. XV, no local de uma antiga mesquita. Foi construída com Grés de Silves. Esta igreja atinge cerca de 18 metros de altura e integra os estilos arquitetónicos gótico e barroco. Apresenta uma planta em forma de cruz latina. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1922.
A Igreja da Misericórdia data do séc. XVI. Na fachada destaca-se a porta maneirista. Na lateral encontra-se uma porta manuelina. 
A Estátua do Rei D. Sancho I foi instalada à entrada do Castelo de Silves em 1966. Esta escultura em bronze é da autoria de Leopoldo de Almeida. O Rei D. Sancho I realizou a primeira conquista cristã de Silves, em 1189. 
O Castelo de Silves situa-se no alto de uma colina, que permite avistar de forma privilegiada a Cidade de Silves e a sua área circundante. A primeira referência a este castelo data do séc. X. Apresenta um perímetro poligonal com 12 000 m2. A sua muralha foi construída com taipa revestida com Grés de Silves, integrando 11 torres, 9 adossadas e 2 albarrãs. No interior permanecem vestígios de habitações palatinas dos séculos XII e XIII, cisternas, silos e construções do séc. XV. É considerado Monumento Nacional desde 1910.
O Museu Municipal de Arqueologia alberga peças arqueológicas provenientes do Concelho de Silves, que datam desde o Paleolítico até ao séc. XVIII. Este museu foi construído em torno de um Poço-Cisterna de origem islâmica, com 18 m de profundidade e 2,5 m de diâmetro. Uma escadaria em caracol permite aceder ao fundo deste Monumento Nacional.
A torre albarrã Portas da Cidade constituiu a principal entrada da cidade.
O Parque Ribeirinho de Silves situa-se junto ao Rio Arade. Foi inaugurado em 2009. Em 2020, foram instaladas neste parque de lazer 4 esculturas de pessoas a praticar desporto. Estas esculturas em ferro são da autoria de Carlos Correia.
O Rio Arade constituiu uma importante via de comunicação, que estimulou o desenvolvimento comercial e económico. No séc. XVI o assoreamento do rio limitou a navegabilidade consideravelmente. O Rio Arade torna o solo local fértil e contribui para o desenvolvimento agrícola. 
Atualmente Silves considera-se a Capital da Laranja devido à elevada qualidade das laranjas que produz.
A Ponte Velha também designada por Ponte Romana, situa-se sobre o Rio Arade. Data provavelmente do séc. XIV. Foi construída com o Grés de Silves. Permitiu a travessia de pessoas e veículos até 1950. A partir daí tornou-se exclusivamente pedonal. Mede aproximadamente 76 m de comprimento e 5,5 m de largura. Apresenta 5 arcos de volta perfeita intercalados por talha-mares. 
Na Praça Al-Mutamid encontra-se um lago com um grupo escultórico de pedra, que representa uma cena da vida da cultura árabe, no período em que dominou a Cidade de Silves.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Natureza no Algarve 3

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Parque Municipal do Sítio das Fontes

Vídeo Parque Municipal do Sítio das Fontes - Algarve - Portugal

O Parque Municipal do Sítio das Fontes situa-se no Concelho de Lagoa, no estuário do Rio Arade. O seu nome deriva da existência de várias fontes neste sítio. Estas fontes nascem no maior lençol freático do Algarve, denominado por aquífero Querença-Silves ou Lias-Dodger. As nascentes deste local encontram-se atualmente secas à superfície. Este parque tem uma área de cerca de 18 hectares.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Pombo-torcaz (Columba palumbus)

Vídeo Pombo-torcaz (Columba palumbus) - Algarve - Portugal

O Pombo-torcaz (Columba palumbus) pertence à Ordem Columbiformes e à Família Columbidae. É considerado o maior pombo do Algarve. Pode atingir 42 cm de comprimento e 77 cm de envergadura. Ambos os sexos apresentam um aspeto semelhante. Na plumagem acinzentada sobressaem as manchas brancas no pescoço e nas asas, o peito rosado e a barra preta na ponta da cauda. Esta espécie é sobretudo residente, podendo ser observada no Algarve ao longo de todo o ano. Habita preferencialmente em bosques, áreas agrícolas e jardins.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Praia da Rocha

Vídeo Praia da Rocha - Algarve - Portugal

A Avenida Tomás Cabreira acompanha toda a extensão do areal da Praia da Rocha, que atinge cerca de 1 km. A Praia da Rocha situa-se no Concelho de Portimão, entre a Praia da Marina e a Praia dos Três Castelos. 

Numa extremidade da praia encontra-se a Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar, junto à Marina de Portimão e à Foz do Rio Arade. Data do séc. XVII. Este monumento alberga o Miradouro de Santa Catarina, que permite observar de forma privilegiada a área envolvente. Podem-se evidenciar as margens do Rio Arade e a Serra de Monchique. 

O Molhe Poente da Barra do Rio Arade serve de fronteira entre a Praia da Rocha e a Praia da Marina. 

O areal encontra-se ladeado por arribas ocres esculpidas de forma criativa pela Natureza. 

Entre a Praia da Rocha e a Praia dos Três Castelos encontra-se o Miradouro dos Três Castelos. Existe um túnel que atravessa o promontório do Miradouro dos Três Castelos, fazendo a ligação entre a Praia da Rocha e a Praia dos Três Castelos.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Orquídeas Silvestres no Algarve

 
Vídeo Orquídeas Silvestres no Algarve - Portugal

No Algarve existem diversas espécies de orquídeas silvestres com formas curiosas. Seguem-se alguns exemplos:

Abelheira-espelho (Ophrys speculum),

Abelheira-parda (Ophrys fusca),

Erva-do-salepo (Anacamptis morio),

Erva-língua-menor (Serapias parviflora),

Erva-mosca (Ophrys bombyliflora),

Erva-vespa (Ophrys lutea),

Flor-dos-macaquinhos (Orchis italica),

Flor-dos-passarinhos (Ophrys scolopax) e

Trança-de-outono (Spiranthes spiralis).


Encontram-se também no Algarve híbridos de orquídeas silvestres. Estes híbridos podem surgir quando 2 espécies diferentes florescem na mesma época e são polinizadas por insetos. Por exemplo, a Orchis bivonae resulta do cruzamento polínico entre a Orchis anthropophora e a Orchis italica.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Cidade de Faro

A Cidade de Faro localiza-se junto à Ria Formosa. É a cidade que se situa mais a sul de Portugal Continental.

Foi fundada pelos fenícios no séc. IV a.C. Chamava-se Ossónoba e era um dos mais importantes centros urbanos e comerciais do sul de Portugal. No início ocupava uma pequena colina que durante a maré cheia podia transformar-se numa ilha. Esta colina corresponde atualmente à Vila Adentro.

Entre os séculos II a.C. e VIII d.C. esteve sob domínio romano e visigodo. Em 713 foi conquistada pelos mouros.

No séc. XI passou a designar-se por Santa Maria Ibn Harun, a fim de homenagear o rei Mohamed Ibn Harun.

Em 1249 foi concluída a reconquista cristã de Portugal quando a cidade foi conquistada aos mouros pelo rei D. Afonso III. Com a língua portuguesa o nome evoluiu para Faro.

Em 1540, o rei D. João III elevou Faro a cidade. Em 1577, com a transferência da sede do bispado do Algarve, de Silves para Faro, a cidade passou a ser a Capital do Algarve.

No final do séc. XIX, a cidade começou a expandir-se para fora das muralhas, onde antigamente existiam quintas e campos agrícolas.

Atualmente a Cidade de Faro apresenta uma arquitetura diversificada que resulta da influência dos diversos povos que aqui permaneceram, tais como os fenícios, os romanos, os bizantinos, os visigodos e os árabes. Prevalecem as ruas estreitas onde se podem observar casas pintadas de branco ou revestidas com diversos padrões de azulejos, com telhados de quatro águas ou de tesoura, portas com reixas, chaminés rendilhadas e platibandas decoradas. Vários batentes de portas apresentam a forma de uma mão humana, simbolizando a proteção e a boa sorte. Existem várias obras de arte em ferro forjado nas portas, janelas e varandas. Algumas placas toponímicas ostentam uma decoração original.

A Calçada Portuguesa pavimenta vários passeios. Esta arte é realizada com calcário de diversas cores.

O centro histórico da cidade de Faro é constituído por 3 núcleos: Vila Adentro, Mouraria e Bairro Ribeirinho.

O núcleo histórico mais antigo de Faro designa-se por Vila Adentro ou por Cidade Velha.

O Bairro de São Francisco desenvolveu-se entre os anos 20 e 40 do séc. XX e situa-se junto ao centro histórico. Neste bairro predomina a art déco.

Gentílico: Farense

Dia da Cidade de Faro: 7 de Setembro